6.11.13
oi! ah, você de novo.
como uma viagem no tempo, eu volto a revisitar todas as minhas tristezas e angustias escondidas. eu solto a expiração de quem vem guardando a muito tempo, emoções que não voltam mais. aquelas que caem como raio e alteram sua frequência cardiaca, um segundo a mais, outro a menos. existem outras, dores companheiras, que ficarão sempre ao nosso lado, suaves como crianças, para nos fazer lembrar das lições que um dia aprendemos. como o cansaço de uma fatídica quarta feira, enrolada em um dia rotineiro, no qual você avalia todas as suas possibilidades e vê que elas não passaram disso. faceiras, precárias, otimistas possibilidades. o dia que você relembra que existem milhares de pessoas mais especiais que você. então você olha para aquela criança chorosa dentro de você e pensa: "baby, every little thing is gonna be alright". ela sorri um sorriso tímido, e olha pro céu esperançosa, procurando fadas, são jorges, anjos e a terra do nunca, aonde nunca é tarde demais.
20.5.13
rehab: para mim, só meu, eu, sem pesos ou gramatica correta, quase uma canção indie
era uma vez uma donzela que vivia em um reino encantado, onde tudo o que a atormentava eram as duvidas e uma palavra conhecida como talvez, o veneno. ela fez uma suplica pequena e entrecortada, um sopro, um suspiro de um virgem coração: don't let me down. pensou que talvez lá longe haveria um lugar para ser. então,pela primeira vez quebrou seu santuário encantado, fugiu dos vales, das flores, do sol, fugiu dos livros, das sátiras, dos ideais, do strawberry fields. largou suas palavras a meio texto, seus sentimentos a meia fala, pulou sem cordas, sem motivo, apenas por querer pular. mas nada aconteceu, não virou noticia, se que foi notada. voltou pra casa. não reconheceu o caminho, nem o quarto, nem a cama. passou a noite acordada hibernando os dias, anestesiada do mundo. sem ontem ou amanha, só o hoje,falso,estático, pobre. quando vai ser verdadeiro? quando deixará de ser essa tentativa esganiçada de realidade? os olhos se abrirão? As estações continuavam as mesmas, as duvidas continuavam as mesmas, a essência nunca muda, Heráclito seu burro. as bandas mudam, as folhas amarelam, o glamour vira cafona, o cafona vira cool, a donzela vira lagarta e depois borboleta. só para ter as asas esmagadas mais uma vez e de novo. até que o novo venha e ela não precise mais de asas pra voar. qual o sentido voar de novo, já que tudo é céu, e depois só tem mais azul, mais nuvem, mais céu. não há nada de novo abaixo do sol.
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