30.12.10

Mas os livros que em nossa vida entraram


Quando encontrei o desafio fiquei super animada, notei que havia perdido o prazo mas haverá novas inscrições em Fevereiro. Assim iniciei a minha lista, em algumas categorias a maior dificuldade foi escolher duas opções. Em outras, as dificuldades foram superadas com a ajuda do Skoob, do ranking da Oyo, da Sibi e do Google. Durante esse caminho precisarei da boa vontade de amigos, bibliotecas, submarino e da internet, porque como universitário é sinônimo de quebrado, isso não seria diferente para mim.
Pena que não consegui incluir todos os livros da minha lista de livros procrastinados nesse desafio, como O Germinal;A menina que roubava livros; O inferno de Dante; Comer, rezar e amar;Crime e Castigo; Orgulho e Preconceito; Coração de tinta; Persuassão; Mrs. Dolloway, Os Maias, Éramos Seis... Além das releituras e término de alguma séries, como O Guia do mochileiro das Galáxias, Desventuras em Séries, As Crônicas de Nárnia. Mas vou tentar encaixar essa overdose literária em 2011, que além dos milhares de filmes de danças (YES!), terá milhares de parágrafos. Provavelmente a lista se alterará durante esses 365 dias, mas prometo que procurarei ser fiel e fazer as resenhas.Então, vamos a saga:

Janeiro - Literatura Infanto Juvenil
O menino do pijama listrado, de John Boyne
A Fantástica Fábrica de Chocolate, de Roald Dahl

Fevereiro - Biografia e/ou Memórias
Comer, rezar e amar, Elizabeth Gilbert
Marley & Eu, de John Grogan

Março - Obras Épicas
Tristão e Isolda, de Joseph Bedier
O Arqueiro, de Bernard Cornwell

Abril - Ficção científica
Até mais, e Obrigado pelos Peixes!, de Douglas Adams
O Silmarillion, J. R.R. Tolkien

Maio - Livro-reportagem
Rota 66, de Caco Barcellos
O livreiro de Cabul, de Asne Seierstad

Junho - Peças teatrais
Muito Barulho por Nada - William Shakespeare
Hamlet - William Shakespeare

Julho - Novos autores
Cartas que não te escrevi – Lucivania Fernandes
Cordilheira – Daniel Galera

Agosto - Clássico da literatura brasileira
Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto
Perto do coração selvagem, de Clarice Lispector

Setembro - Autores regionais
Estorias da casa velha da ponte – Cora Coralina
José Medonça Teles – A cidade do ócio

Outubro - Nobel de literatura
Ensaio sobre a Cegueira, de Jose Saramago
Noite das mil e uma noites, de Naguib Mahfouz

Novembro – Contos
A disciplina do amor, de Lygia Fagundes Telles
23 histórias de um viajante – Marina Colasanti
Cabeça de Porco - Celso Andrade

Dezembro – Lançamentos do ano
Só Deus sabe.

"Tropeçavas nos astros desastrada/sem saber que a ventura e a desventura/dessa estrada que vai do nada ao nada/são livros e o luar contra a cultura." Caetano Veloso - Livros

21.12.10

Dingo all the way



Como sou toda clichê, resolvi fazer um post de natal. Como um bom texto do tipo, preciso começar dizendo que a mágica da vida é composta pelo mosaico de pequenas alegrias. O natal não poderia ser diferente. Ceia, presentes, sinos, renas, luzes e neves imaginárias formam um cenário fictício: uma fuga da realidade. Como vocês verão nem toda fuga é ruim, porque nem toda realidade é boa.

Existem três tipos de pessoas: as que tem péssimas lembranças do natal e por isso o odeiam, as que o consideram mais um feriado no calendário e as que , como eu, exultam só de ouvir o famoso dingo Bell. Acontece que as duas primeiras nos consideram fantasiosos e olham para nós com o mesmo olhar destinado as crianças que ainda acreditam em papai Noel e nem percebem que possuem expectativas erradas em relação a data.

O natal não é uma data consumista, embora tenha presentes. Não é uma data religiosa, embora tenha conotação religiosa. E não é cheio de falsidade, embora tenha vários sorrisos amarelados. É uma época especial, de celebração. Não o encaro como uma data cristã, porque não se sabe ao certo a data do nascimento de Jesus. E os verdadeiros cristãos celebram o nascimento de Jesus todos os dias, porque quando Jesus nasceu nós renascemos também. Fico realmente feliz por todos agradecermos pela vinda do nosso Salvador. Mas, para mim, o real significado é a celebração do amor descondicionado, do respeito, do altruísmo. Materializado pela vida de Jesus e pela tradicional entrega de presentes. Se você é como eu, e geralmente se decepciona com os presentes recebidos, amigos secretos e afins, comece a encarar o Natal como uma data de doação. Doe seu tempo a sua família, aos seus amigos, aos estranhos. Doe presente, dinheiro, abraços, sorrisos, ou seja, uma parte de você. Por mais chato, insuportável ou

constrangedor que isso seja é a única época que temos para isso, porque o resto do ano nos nós fechamos dentro de uma concha para fabricar nossa pérola de ilusão. Sim, eu acredito em papai Noel. Ele sou eu, ele é vocês, ele são todos os que abrem um pouco de si para os outros e por isso acabam recebendo presentes maravilhosos.

Essa é minha visão sobre o Natal, se você acha que criticar tudo, ignorar o natal , a família e a humanidade é legal, culto ou te faz melhor. Divirta-se do jeito que quiser. Mas faço um convite a todos os corações a se abrirem para essa época mágica e cheia de amor. E é por isso que por mais clichê que seja desejo paz, amor, alegria, doces, e tudo o que se passa no meu coração, antes que ele exploda. Ah, e FELIZ NATAL!

18.12.10

when the heroin is in my blood and that blood is in my head

Para que tanta formalidade se gostas mesmo é da esbornia. Do sangue jorrando e da cerveja no copo. A verdade é que pouco te importa a delicadeza, a moral. Sede?! Só de prazeres, um cigarro na boca, cicuta pra viver. O brejo dessa merda de vida são as pessoas. Então porque não seguir os apáticos, a corrente dos que não sabem quem são. Porque não ter o reflexo polido no espelho cheio das bizarrices sócias. Mente bulimica, alma anoréxica, moldados por ditaduras exteriores e interiores. Pouco me importa sua mãe, seu bebê, sua pobreza, sua deficiência moral. Aos vencedores as batatas e a mim a agonia dos imorais e o medo dos amorais. Sonhos mortos, pedaços de consciência e fumaça do que um dia foi vida.

The Doors - Heroin


16.12.10

Stop making a fool out of me

Oi,

Quero protestar contra o efeito que você tem sobre mim. Como suas piadinhas sem graças me fazem sentir vergonha de apreciar alguém como você. Até você chegar, me sentia inalcançável, rainha do gelo, dona de si mesma. Mas então você transformou meu ar superior em um espectro de alta estima. A sua insolência me faz querer sentar ao seu lado e ouvir você falar sobre a química de elementos que só conheço agora, através do meu coração.

Esses dias sonhei com você.Meu cantinho de paz foi invadido por um onda elétrica dos pés a cabeça,uma sinapse nova para um virgem coração.Quero te dizer que sou dona do meu coração. Intrusos são extintos, fora suas opiniões ,vou jogar tudo ao vento. Assim como seu blues e livros preferidos, sua voz, sua hohner, as notas do seu violão e sua risada insolente.

Valerie - Amy Winehouse

7.12.10

Spider-man, Spider-man, does whatever a spider can

Saiba que tudo o que você ouvir/ler/sublinhar/falar/ver/scannear/discutir vai surtir algum efeito na sua vida futuramente. Você poderá usar qualquer tipo de informação.

Niklas Luhman foi um grande sociólogo alemão que dissertou de modo mais abrangente sobre a teoria dos sistemas, teorizando sobre a complexidade. Esse conceito de complexidade invade todas as partes de nossa vida.Tudo é relativizado. Tudo é condicionado. Somos sempre sujeitos ao fatores x da subjetividade que nos cerca.

De alguma forma as informações que recebemos também formam essa “teia” complexa ao nosso redor. Elas surgem como seres isolados,perdidos em algum lugar do espaço, até que se unem e começam a fazer sentido.

Até o Homem- Aranha não escapou dessa teia. O alemão acima fala que quanto maior o conhecimento maior é a responsabilidade. O que nos leva ao filme e sua famosa quote: “Com grande poderes, vem grande responsabilidade”. Se usarmos o método associativo de adição tiramos dessas idéias uma máxima popular : Conhecimento é poder.

E assim em uma lanchonete , isso! daquelas com mesa da Skol, as informações que vi/ouvi/li/ se unem em uma lógica estranha. E assim aumentam minhas esperanças de que todas as frases sedimentadas na minha cabeça possam um dia fazer sentido. Todos os filmes hollywodiano s,os teóricos maçantes e as experiências de pessoas como a Tia Clotilde, um dia se unam como um grande quebra cabeça. A vida tem disso,um dia pode unir o impossível ao inimaginável. Esses são os verdadeiros jogos mortais.

SPIDER MAN - RAMONES

2.12.10

É uma partida de futebol


Na vida tem–se um negócio chamado pequenos prazeres, eles alegram seus dias e consomem seus dinheiros. São ratinhos em forma de hobby, paixões, gostos. Alguns são de graça outros vicerais. Alguns são amores a primeira vista, outros vão chegando se acomodando e já já estão abrindo a geladeira. Futebol é uma dessas coisas que impregna, endoidece e vicia muitas pessoas.

Ser brasileiro não inclui gostar de futebol, mas inclui ter orgulho disso, torcer. Esse meu DNA tupiniquim foi um dos afetados. Dicas para não se apaixonar: não tenha um time,

não vá a um estádio. Definitivamente estádio de futebol é um dos lugares mais surreais da face da terra. Não só porque tem a maior aglomeração de homem por m². Mas pelas figuraças, pelo barulho, pela emoção. Não tem como não gritar na hora do gol. Você sofre um curto, não sabe quem abraça, pra onde corre.

Confesso que comecei a gostar de futebol pela facilidade de integração. O assunto mais falado, os fãs mais famigerados. Mas depois de uma noite em um estádio lotado, descobri que sou louca por isso. A telinha da TV esconde a magia da torcida, a sabedoria dos milhares de técnicos que xingam,brigam e gritam,gritam,gritam!

E assim agrego a minha limitada conta bancária e ilimitada imaginação e dedicação mais um vício inútil sem os quais nada seria útil. Viva os livros, as comidas saborosas, as noites de luar, a aurora, o cheiro de chuva, os filmes épicos e o cappucino com chantilly!

É UMA PARTIDA DE FUTEBOL - SKANK

25.11.10

Jealous Guy

Acredito que clássicos recebem esse nome por alguma razão. São modelos, pioneiros, influenciam ou aperfeiçoam. Para mim, toda a criação de Shakespeare se enquadra nessa categoria. Otelo não seria diferente. Agora imaginem a minha vibração quando precisei fazer um trabalho sobre esse livro na matéria de direito penal. Assim resolvi compartilhar a parte que me coube na tese de defesa. A análise psicológica do mouro mais pop da literatura. Só lembrando que a tese vai ser oral, por isso é um texto coloquial. E não deu tempo de revisar a ortografia. Sorry, depois eu corrijo.

DA INIMPUTABILIDADE
Otelo foi aceito pela sociedade veneziana por seus dotes militares. Conhecimentos forjados através de anos de guerra, como ele mesmo cita: “pois desde que estes braçoes alcançara a força de sete anos, até agora (...) tão somente se empregaram às ações dos campos abarracados.” Desde a sua infância ele vive nesse ambiente instável de guerra. Todos os dias pilhas de cadáveres, mutilação e perigo.

Hoje em dia realiza-se muitos estudos sobre o pós guerra dos combatentes, especialmente o efeito devastador que a guerra teve sobre seu estado psicológico. Encontrou-se um fenômeno comum entre eles, o Transtorno do Estresse Pós Traumático. Uma doença mental que aflinge a todos que passam por experiências traumáticas. Alguns superam, outros não. Ninguém nessa sala nunca esteve em uma guerra para saber como é enterrar os pedaços dos seus amigos, daquele com os quais você tomou café no mesmo dia. Porque naquela época o armamento erabasicamente espadas e lanças. Você esquartejava seu oponente vivo. Os seres humanos são criados para suportarem, sobreviverem a alguns traumas. Mas a existência de vários e de tamanha intensidade, causa a perca da capacidade de absorvê-los. Como diz o psicoterapeuta Edward Tick, autor do livro “War and the Soul”, “suas ansiedade e frustações aumentam e ele gradualmente perde o controle”. O sujeito torna-se incapaz de assimilar fortes emoções.

Imaginem o impacto do ciúme sobre uma pessoa já fragilizada com essa doença. O impacto da traição da amada e do melhor amigo. É inadmissível considerar que ele teria os mesmo sentimentos de homens comuns. Fragilizada pela sua infância difícil e pelo preconceito social, sua mente era propicia para o desenvolvimento do ciúme patológico. Quando Iago o induz a duvidar e imaginar a traição, o réu chega a ter ataques epiléticos. Essa é uma reação de uma pessoa normal frente ao ciúmes? Devido a esse transtorno o acusado é atingido pela paranóia que é definida como delírio interpretativo. Na paranóia, os limites entre a fantasia e a realidade exterior são confusos. O individuo passa a ter alucinações. Se em nós o beneficio da dúvida já é devastador, como poderemos exigir que um doente resistisse as suposições e provas de Iago.
Feitas essas considerações, será que se pode afirmar que o indivíduo inebriado por um ciúme doentio, que mata o objeto de seu desejo impulsionado por devaneios e ideias surreais, em meio a uma névoa de sentimentos tormentosos era, ao tempo da ação, inteiramente capaz de entender o caráter ilícito de sua conduta e, entendendo, se autodeterminar de acordo com este entendimento.


O código penal entende que não e classifica esse sujeito como inimputável no seu artigo 26. Porque a pena privativa seria prejudicial ao individuo e de pouco adiantaria para a sociedade, uma vez que ele não receberia atendimento correto em complexos prisionais regulares. Apenas através da absolvição o réu poderá ter acesso a um tratamento ante ao seu verdadeiro problema e uma verdadeira resocialização.


JEALOUS GUY - ELVIS PRESLEY

21.11.10

Amanheceu, que bom que a noite passou.



Pinte a sua vida. Sonhe com as pedras ladrilhadas. Escolha as cores das flores. Um sol quente. Uma brisa primaveril. Agora veja tudo desmoronar. Sinta o seu coração acelerar. Todas as suas expectativas longe, longe. Você olha para o céu e tudo o que você esperava alça vôo.Tudo o que você queria agora é somente mais uma utopia, um conto de fada sem magia. Mas Deus está com você. Sua alma se dissolve. Não há mais certezas. Só vento, vento. E com ele você pousa em um jardim. Há uma árvore a beira do riacho, há um rouxinol que canta. Suas escolhas agora são alucinações de um futuro mais-que-não-perfeito, desenhos de crianças, cópias pobres e malfeitas do caminho perfeito de Deus.

"Deus é a minha fortaleza e a minha força, e ele perfeitamente desembaraça o meu caminho." II Samuel 22:33
VALER A PENA - KLEBER LUCAS

4.11.10

We don't need no education


Como as coisas funcionam na vetusta Faculdade de Direito:

LEI Nº 1, DE 01 DE JUNHO DE 2010.

Dispõe sobre as perguntas dos alunos em sala de aula.

A Vontade-Geral-da-Turma – Entidade superior e inquestionável da turma de
Direito Noturno da UFG 2010-2014, usando das atribuições que lhe foram
conferidas pela Vontade Divina desde tempos indeterminados;

Considerando que o corredor não poderá desaparecer de repente senão por
desastre;

Considerando que os professores invariavelmente passam pelo corredor após
saírem da sala de aula;

Considerando que por mais dedicados e interessados que sejam todos os alunos
da turma, somente uma minoria se dispõe a permanecer após o horário das
aulas;

Considerando a necessidade de regular a exteriorização do pensamento em
forma de perguntas;

Considerando que compete à Vontade-Geral-da-Turma estabelecer limites no
âmbito da sala de aula e eventualmente fora dela; determina:

Art. 1º Fica proibido qualquer tipo de exteriorização do pensamento dos
alunos a partir dos 5 minutos finais de cada aula.

§ 1º Excetua-se desta proibição a exteriorização do pensamento que não for
dirigida aos professores ou aquelas que possam gerar benefícios aos alunos.

§ 2º Para as aulas do professor Saulo, a proibição se inicia a partir dos
10 minutos finais de suas aulas.

§ 3º Esta proibição é válida para qualquer ambiente onde haja a reunião de
pelo menos 5 alunos e 1 professor e exista horário determinado para o fim da
reunião.

§ 4º Quando não houver horário determinado para o fim da reunião, fica
proibido qualquer tipo de manifestação do pensamento a qualquer momento,
excetuando-se os casos descritos no § 1º desta lei.

Art. 2º O descumprimento desta proibição constitui infração acadêmica
grave, punível com ofensas pessoais e cascudos.

§ 1º Cada aluno que se sentir prejudicado tem direito há uma ofensa e um
cascudo para cada trinta segundos que o professor permanecer respondendo ou
comentando a exteriorização de pensamento objeto desta punição, contando com
o mínimo de uma ofensa e um cascudo por aluno prejudicado.

§ 2º As punições serão aplicadas para cada exteriorização infeliz, sendo
cumulativas.

§ 3º O prazo para aplicação das punições é de três dias, podendo o
infrator ser enquadrado em novas infrações neste período, sendo estas também
cumulativas.

Art. 3º Os casos omissos serão dirimidos pela Vontade-Geral-da-Turma.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

VONTADE-GERAL-DA-TURMA

WE DON'T NEED NO EDUCATION - PINK FLOYD

1.11.10

Blue Sued Shoes

Minha mente delirante anda vagando pelo mundo música. Essa, na verdade, é uma condição irremediavelmente constante da própria. Nesses dias de sol, nesses dias de chuvas, e as vezes sol e chuva, deparei-me com uma banda e uma cantora que sempre me encantaram. Encontrei o novo álbum de ambos. Dou um crédito especial para os que se reiventam. E como vocês poderão conferir THEY ROCK! É importante ressaltar que passei deliciosas horas tentando destacar a música que mais gostei de cada trabalho.

Leeland com o álbum Love is On The Move.


Desde a criação dele, em 2009, já se passaram muitas águas. Inclusive a do Tietê, porque eles andaram fazendo uns showS por aqui.Isso gente! E eu perdi. Andava achando nossa velha Goiânia Rock City tão pop. Mas o fato é que só descobri esse álbum por agora. Pra quem não conhece antes de baixar as músicas ouça Tears of the Saints, uma das melhores músicas que já ouvi. A música acima é a New Creation, quem me conhece sabe que é a minha cara. Adorei a batida do violão e tudo mais. Devido ao meu "amplo" conhecimento musical, limito-me a essa observação.



Brooke Fraser e o seu Flags


Além de suas participações no ministério Hillsong, ela segue uma carreira solo. O som foge do convencional: é uma mistura de country, pop, indie, de tudo. A escolha da música foi a coisa mais difícil que fiz no dia. Altamente recomendado. Baixem, ouçam, devorem! A Something in The Water foi escolhida pelo seu clipe, não ficou uma graça?!




BLUE SUED SHOES - ELVIS PRESLEY

22.10.10

Panis et circenses


Quando descobri que faria um ato no lixão durante o dia das crianças,soube que faria esse post. Estava consciente de que a ação me levaria a uma perspectiva concreta de tudo o que já li/estudei sobre os problemas sociais. Uma perfeita descrição do que vivi seria pobreza. No entanto, analisar esse quadro apenas pelo aspecto econômico é precipitado e limitado.

Aquelas pessoas simbolizam uma amostra dos problemas sociais em que vivemos hoje. O classificação de social desses problemas já prediz englobar a sociedade em todas as áreas: falta de perspectiva, apatia moral e intelectual, padrões desumanos e sobrehumanos, supervalorização da individualidade e do econômico.

Essa pobreza generalizada do ser humano me levou ao clássico poema “O bicho” de Manuel Bandeira. Enfim compreendi, o que fez daquele ser um bicho não foi a falta de comida, de casa.. Lógico que essas são necessidades básicas, mas o que o impede de evoluir é uma espécie de pobreza mor,que condiciona todas as outras. Pobreza de perspectiva, de pensamento. Em um minicurso jurídico cinematográfico, certo professor disse que os indivíduos são esmagados porque não conseguem se reconhecer/identificar no meio em que vivem. Faltam-lhes consciência da sua própria condição. Só conseguimos mudar o que conhecemos, casos diferentes disso são acidentais. O homem se torna um nem quem poderiam ser. Não pensa. Não é. Não age.

Descartes disse “Cogito,ergo sum.” O pensar vai além de entender um exercício ou um texto. Pensar é desenvolver idéias, criar, imaginar, o resto é são apenas cópias de pensamento.Hoje o Brasil está cheio de pessoas acostumadas a 'xerocar' pensamentos, por isso aceitam o cabestro da mídia,os cliches de impotência da política e a dominação cultural. Para mim humanizar não tem nada haver com direitos humanos ou um bom salário. A dignidade da pessoa humana não é limitada a uma esfera de sucesso econômico.

Dignificar um pessoa é ampliar a sua capacidade de compreensão, apreensão, divagação, criação. Potencializar o agir, o transformar, o ser.
(Essa é a maior pobreza, a limitação de alguém que poderia voar.)

PANIS ET CIRCENSES - OS MUTANTES

2.10.10

Seu navio carregado de ideais




Inspirada pelo clima eleitoral – eleitoreiro – e pela constante assiduidade do assunto entre os meus amigos resolvi escrever sobre as eleições. A leitura de um trecho de Alequis Tocqueville, um respeitável carro chefe da minha procrastinação literária, foi a gota d’água para minha opinião sair em litros.
“Príncipes tornaram a violência em uma coisa física, mas nossas repúblicas democráticas contemporâneas transformaram-na em algo tão intelectual quanto a vontade humana sobre a qual deve agir. Sob o governo absoluto de um único homem, o despotismo,para alcançar a alma, atinge o corpo, e a alma escapando dessas chicotadas, se eleva gloriosamente acima dele; mas nas repúblicas democráticas não existe o mesmo tipo de comportamento do tirano; a violência deixa o corpo solitário e vai diretamente à alma. O senhor não diz mais : ‘pense como eu ou morra’. Agora ele diz: ‘Você é livre para pensar diferentemente;você pode ficar com sua vida, sua propriedade e tudo o mais; mas a partir deste dia você será um estranho entre nós. Você pode manter seus privilégios na comunidade, mas eles serão inúteis para você, se você solicitas os votos de seus compatriotas, eles não lhe darão, e se você pedir somente sua estima, eles criarão subterfúgios para recusar-lhe isto também.Você permanecerá entre eles,mas você perderá seu direito de ser indivíduo singular.Vá em paz. Eu lhe dei sua vida, mas ela é pior do que a sua própria morte.”

O escrito retrata uma realidade evidente em nosso país. Viver em sociedade implica vestir uma camisa e estar sujeito a limites. Abrir mão de parte de você pelo todo. Mas aqui ninguém conhece a leis. Entretanto isso não nos eximi menos de seguir a cartilha.

A máxima é que o povo como soberano concede legitimidade aos seus eleitos para determinarem o que fazer ou não. Acontece que é comum em época de eleições acontecer um alardeamento para os cargos executivos em detrimento do Legislativo. Amanhã, iremos obrigatoriamente escolher nosso Legislativo, sem segundo turno ou borracha para apagar os erros. Eles serão a sua voz. Eles escolheram o tamanho,cor e estilo de camisa que todos teremos que vestir.

Eles não controlam você, controlam o todo e o todo é mais forte do que você. Uma compreensão limitada da democracia leva a supervalorização do executivo. Na prática os poderosos chefões deveriam ser os deputados, senadores e Cia. O cômico é que parte dos mesmos não tem conhecimento desse poder e são propícios a bagatelas, são cachorrinhos de qualquer empresário ou político mais inteligente.

Isso porque a maioria é despreparada, não sabe o que fazer e vai lá pra descobrir. Pelo bem de todos e, para não fugir a regra da nossa querida sociedade individualista, o meu – uma vez que serei responsável por aplicar tais leis – desejo que o população tenha evoluído durante esses 26 anos de democracia e saiba fazer boas escolhas na urna para todos os cargos.

MEIA NOITE - CHICO BUARQUE


20.9.10

Hello hurricane you're not enough

Absolutamente tudo em nossas vidas é direcionado para nos moldar.Cada idade tem suas experiências,sentimentos e determinações.Hoje eu quero mudar o mundo,ontem eu só queria conhecê-lo.

Minhas emoções agora são como furacões,passam implacáveis e arrasadoras.Mas passam.E após mortos e feridos eu sempre penso que poderia ter feito mais ou não ter feito,falado mais ou não ter falado.

Atravessar cada situação nunca vai ser fácil. Certo dia ouvi : “Fácil não existe no mundo dos adultos”.Outrossim,uma das “coisas de Deus” que mais me tocam é a capacidade que Ele tem de transformar as minhas escolhas erradas e imaturas,dignas da minha condição de ser humano,em maravilhosos destinos.

HELLO HURRICANE - SWITCHFOOT

17.9.10

Strawberry Fields Forever



Caio Fernando Abreu era um puta escritor. Não penso no mundo da mesma forma que ele mas adoro o seu jeito de escrever.Ele brincava com as palavras, as acaracia. Talento raro, a maioria dos escritores são violentos, glutões e as espremem para caberem na realidade. Ele as encantava, encaixando as conversas, os lábios, os intervalos vazios. Ah os vazios, brotaram da geração do desbunde, de hoje, de alguns. Ele os conhecia bem e sabia como fazer deles matéria, concreto, sentimento.

"Não choro mais. Na verdade,nem sequer entendo por que digo mais, se não estou certo se alguma vez chorei. Acho que sim,um dia.Quando havida dor. Agora só resta uma coisa seca. Dentro,fora."Luz e Sombra - Caio F. Abreu

Esses mesmos vazios são mais comuns nos letrados, digo doutos, vulgo superiores. Sois um queijo suiço, meu caro. Conheces Foucalt, baba por Nietzsche. Vítima de uma cognição macro. Digere o saber como uma bebida cara, sorve, tateia, espuma. Mais um drink, por favor. Quanto mais conhece do sabor mas foca no gosto amargo. Se apega ao fel. Beber não é errado. Ser diluido é o erro. Peca como um vampiro que suga o precioso de uma pessoa e acaba como uma colcha de retalho. Como não deixar os morangos mofarem?
"Quem conhece a Deus sente as coisas internas e é amigo dos morangos que nunca morrem." Os morangos são eternos - Henrique do Valle

"Let me take you down, 'cause I'm going to Strawberry Fields.Nothing is real and nothing to get hung about." Strawberry Fields Forever - Dê Bitôus

23.8.10

I've been learning how to die.



Descrever meus delírios? Pergunte- me de novo em um tempo futuro. Talvez até lá, eu saiba responder sobre os meus segredos, minhas pulsações, minhas psicoses e meus impropérios. Tudo o que sei deles agora é que os divido com Deus. Algo mais consistente não passaria de mais devaneios de uma passado imperfeito. Porque existe muito a ser feito, muito a viver e muito pelo que morrer.

"All along I thought/I was learning how to take/How to bend not how to break/How to live not how to cry/But really I've been learning how to die" Learning how to die - Switchfoot