Sabe aquelas coisas que você lê e fica indignada? Tive essa sensação há muito tempo atrás com esse artigo, Why Chineses Mothers Are Superior, e depois de finalmente revisar minha mini-desorganizada réplica resolvi posta-la.
"Chinese parents demand perfect grades because they believe that their child can get them. If their child doesn't get them, the Chinese parent assumes it's because the child didn't work hard enough. That's why the solution to substandard performance is always to excoriate, punish and shame the child. The Chinese parent believes that their child will be strong enough to take the shaming and to improve from it."
Concordo com exigirmos o melhor dos nossos filhos desde que ajudemos os mesmos a conseguir o melhor. Mas não creio que a solução para o fracasso seja criticá-lo, xinga-lo, denegri-lo. Pais ocidentais se preocupam sim com a auto-estima dos seus filhos, o que eu acho importante. O defeito dos mesmos e esperar algo dos filhos e não se comprometerem com o que desejam, ajudando-os. Assim eles se sentem incapazes de exigir algo, o que de fato são.
Vou exigir o melhor do meu filho, mas ao contrário da autora do artigo, não vou impor as minhas opções a nenhum dele. Porque acredito que a cultura é plural, a música é plural, a dança é plural, os livros são plurais... Imagino que ela ache digno limitar as atividades extracurriculares das filhas por vir de um cultura não miscigenada. Se ela nascesse no Brasil saberia o quão maravilhoso pode ser a multiculturalidade como forma de multiplicar conhecimento. Mas eu sou o tipo de pessoa que coloco a cultura - de todos os povos - no topo da educação. No entanto somos de realidades distintas, lá eles devem seguir uma tradição e se orgulham disso. Enquanto a tradição do Brasil é o sincretismo.
Acredito que a prática leva ao sucesso. É certo que quando a criança fizer o que faz bem, ela se sentirá feliz, independente se foi escolha dela ou não. Afinal todos gostamos de vencer. Porém um filho que não sabe perder ou se superar, gera um adulto incapaz de lidar com situações de fracasso, lembrando a velha máxima "perdedor é o que desisti". É importante lembrar o altissimo indice de suicidio entre os orientais.
"Anyway, the understanding is that Chinese children must spend their lives repaying their parents by obeying them and making them proud."
Os pais devem ter outras fontes de alegria. O que verifico do cultura oriental é esse ciclo de dependência e altas expectativas. Acredito que eles são felizes assim, ou não. Acontece que em todo regime existem felizes e infelizes. Minha opinião pessoal é de que em qualquer esquema baseado na dependência o resultado é frustação e extrema infelicidade. A maioria dos sacrificios devem ser gratuitos. Mas na prática esse desapego toda é muito mais dificil, né não Nietzsche?! É dificil advogar contra exemplos de sucesso como os grandes profissionais orientais e a própria Amy Chua, que é professora de Yale. Mas só quando você tem em perspectivam, que ser um sucesso é ter um grande carreira.
"Olha lá, quem acha que perder é ser menor na vida. Olha lá, quem sempre quer vitória e perde a glória de chorar. Eu que já não quero mais ser um vencedor, levo a vida devagar pra não faltar amor." Los Hermanos - O Vencedor
eu concordo com você. apesar de os orientais serem exemplo me muitas coisas, tbm sou a favor da múltipla escolha. acho que nós crescemos ouvindo demais sobre essa tal liberdade, sabe. (:
ResponderExcluiradorei o texo! beijos, Evelin. *: