30.12.10

Mas os livros que em nossa vida entraram


Quando encontrei o desafio fiquei super animada, notei que havia perdido o prazo mas haverá novas inscrições em Fevereiro. Assim iniciei a minha lista, em algumas categorias a maior dificuldade foi escolher duas opções. Em outras, as dificuldades foram superadas com a ajuda do Skoob, do ranking da Oyo, da Sibi e do Google. Durante esse caminho precisarei da boa vontade de amigos, bibliotecas, submarino e da internet, porque como universitário é sinônimo de quebrado, isso não seria diferente para mim.
Pena que não consegui incluir todos os livros da minha lista de livros procrastinados nesse desafio, como O Germinal;A menina que roubava livros; O inferno de Dante; Comer, rezar e amar;Crime e Castigo; Orgulho e Preconceito; Coração de tinta; Persuassão; Mrs. Dolloway, Os Maias, Éramos Seis... Além das releituras e término de alguma séries, como O Guia do mochileiro das Galáxias, Desventuras em Séries, As Crônicas de Nárnia. Mas vou tentar encaixar essa overdose literária em 2011, que além dos milhares de filmes de danças (YES!), terá milhares de parágrafos. Provavelmente a lista se alterará durante esses 365 dias, mas prometo que procurarei ser fiel e fazer as resenhas.Então, vamos a saga:

Janeiro - Literatura Infanto Juvenil
O menino do pijama listrado, de John Boyne
A Fantástica Fábrica de Chocolate, de Roald Dahl

Fevereiro - Biografia e/ou Memórias
Comer, rezar e amar, Elizabeth Gilbert
Marley & Eu, de John Grogan

Março - Obras Épicas
Tristão e Isolda, de Joseph Bedier
O Arqueiro, de Bernard Cornwell

Abril - Ficção científica
Até mais, e Obrigado pelos Peixes!, de Douglas Adams
O Silmarillion, J. R.R. Tolkien

Maio - Livro-reportagem
Rota 66, de Caco Barcellos
O livreiro de Cabul, de Asne Seierstad

Junho - Peças teatrais
Muito Barulho por Nada - William Shakespeare
Hamlet - William Shakespeare

Julho - Novos autores
Cartas que não te escrevi – Lucivania Fernandes
Cordilheira – Daniel Galera

Agosto - Clássico da literatura brasileira
Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto
Perto do coração selvagem, de Clarice Lispector

Setembro - Autores regionais
Estorias da casa velha da ponte – Cora Coralina
José Medonça Teles – A cidade do ócio

Outubro - Nobel de literatura
Ensaio sobre a Cegueira, de Jose Saramago
Noite das mil e uma noites, de Naguib Mahfouz

Novembro – Contos
A disciplina do amor, de Lygia Fagundes Telles
23 histórias de um viajante – Marina Colasanti
Cabeça de Porco - Celso Andrade

Dezembro – Lançamentos do ano
Só Deus sabe.

"Tropeçavas nos astros desastrada/sem saber que a ventura e a desventura/dessa estrada que vai do nada ao nada/são livros e o luar contra a cultura." Caetano Veloso - Livros

21.12.10

Dingo all the way



Como sou toda clichê, resolvi fazer um post de natal. Como um bom texto do tipo, preciso começar dizendo que a mágica da vida é composta pelo mosaico de pequenas alegrias. O natal não poderia ser diferente. Ceia, presentes, sinos, renas, luzes e neves imaginárias formam um cenário fictício: uma fuga da realidade. Como vocês verão nem toda fuga é ruim, porque nem toda realidade é boa.

Existem três tipos de pessoas: as que tem péssimas lembranças do natal e por isso o odeiam, as que o consideram mais um feriado no calendário e as que , como eu, exultam só de ouvir o famoso dingo Bell. Acontece que as duas primeiras nos consideram fantasiosos e olham para nós com o mesmo olhar destinado as crianças que ainda acreditam em papai Noel e nem percebem que possuem expectativas erradas em relação a data.

O natal não é uma data consumista, embora tenha presentes. Não é uma data religiosa, embora tenha conotação religiosa. E não é cheio de falsidade, embora tenha vários sorrisos amarelados. É uma época especial, de celebração. Não o encaro como uma data cristã, porque não se sabe ao certo a data do nascimento de Jesus. E os verdadeiros cristãos celebram o nascimento de Jesus todos os dias, porque quando Jesus nasceu nós renascemos também. Fico realmente feliz por todos agradecermos pela vinda do nosso Salvador. Mas, para mim, o real significado é a celebração do amor descondicionado, do respeito, do altruísmo. Materializado pela vida de Jesus e pela tradicional entrega de presentes. Se você é como eu, e geralmente se decepciona com os presentes recebidos, amigos secretos e afins, comece a encarar o Natal como uma data de doação. Doe seu tempo a sua família, aos seus amigos, aos estranhos. Doe presente, dinheiro, abraços, sorrisos, ou seja, uma parte de você. Por mais chato, insuportável ou

constrangedor que isso seja é a única época que temos para isso, porque o resto do ano nos nós fechamos dentro de uma concha para fabricar nossa pérola de ilusão. Sim, eu acredito em papai Noel. Ele sou eu, ele é vocês, ele são todos os que abrem um pouco de si para os outros e por isso acabam recebendo presentes maravilhosos.

Essa é minha visão sobre o Natal, se você acha que criticar tudo, ignorar o natal , a família e a humanidade é legal, culto ou te faz melhor. Divirta-se do jeito que quiser. Mas faço um convite a todos os corações a se abrirem para essa época mágica e cheia de amor. E é por isso que por mais clichê que seja desejo paz, amor, alegria, doces, e tudo o que se passa no meu coração, antes que ele exploda. Ah, e FELIZ NATAL!

18.12.10

when the heroin is in my blood and that blood is in my head

Para que tanta formalidade se gostas mesmo é da esbornia. Do sangue jorrando e da cerveja no copo. A verdade é que pouco te importa a delicadeza, a moral. Sede?! Só de prazeres, um cigarro na boca, cicuta pra viver. O brejo dessa merda de vida são as pessoas. Então porque não seguir os apáticos, a corrente dos que não sabem quem são. Porque não ter o reflexo polido no espelho cheio das bizarrices sócias. Mente bulimica, alma anoréxica, moldados por ditaduras exteriores e interiores. Pouco me importa sua mãe, seu bebê, sua pobreza, sua deficiência moral. Aos vencedores as batatas e a mim a agonia dos imorais e o medo dos amorais. Sonhos mortos, pedaços de consciência e fumaça do que um dia foi vida.

The Doors - Heroin


16.12.10

Stop making a fool out of me

Oi,

Quero protestar contra o efeito que você tem sobre mim. Como suas piadinhas sem graças me fazem sentir vergonha de apreciar alguém como você. Até você chegar, me sentia inalcançável, rainha do gelo, dona de si mesma. Mas então você transformou meu ar superior em um espectro de alta estima. A sua insolência me faz querer sentar ao seu lado e ouvir você falar sobre a química de elementos que só conheço agora, através do meu coração.

Esses dias sonhei com você.Meu cantinho de paz foi invadido por um onda elétrica dos pés a cabeça,uma sinapse nova para um virgem coração.Quero te dizer que sou dona do meu coração. Intrusos são extintos, fora suas opiniões ,vou jogar tudo ao vento. Assim como seu blues e livros preferidos, sua voz, sua hohner, as notas do seu violão e sua risada insolente.

Valerie - Amy Winehouse

7.12.10

Spider-man, Spider-man, does whatever a spider can

Saiba que tudo o que você ouvir/ler/sublinhar/falar/ver/scannear/discutir vai surtir algum efeito na sua vida futuramente. Você poderá usar qualquer tipo de informação.

Niklas Luhman foi um grande sociólogo alemão que dissertou de modo mais abrangente sobre a teoria dos sistemas, teorizando sobre a complexidade. Esse conceito de complexidade invade todas as partes de nossa vida.Tudo é relativizado. Tudo é condicionado. Somos sempre sujeitos ao fatores x da subjetividade que nos cerca.

De alguma forma as informações que recebemos também formam essa “teia” complexa ao nosso redor. Elas surgem como seres isolados,perdidos em algum lugar do espaço, até que se unem e começam a fazer sentido.

Até o Homem- Aranha não escapou dessa teia. O alemão acima fala que quanto maior o conhecimento maior é a responsabilidade. O que nos leva ao filme e sua famosa quote: “Com grande poderes, vem grande responsabilidade”. Se usarmos o método associativo de adição tiramos dessas idéias uma máxima popular : Conhecimento é poder.

E assim em uma lanchonete , isso! daquelas com mesa da Skol, as informações que vi/ouvi/li/ se unem em uma lógica estranha. E assim aumentam minhas esperanças de que todas as frases sedimentadas na minha cabeça possam um dia fazer sentido. Todos os filmes hollywodiano s,os teóricos maçantes e as experiências de pessoas como a Tia Clotilde, um dia se unam como um grande quebra cabeça. A vida tem disso,um dia pode unir o impossível ao inimaginável. Esses são os verdadeiros jogos mortais.

SPIDER MAN - RAMONES

2.12.10

É uma partida de futebol


Na vida tem–se um negócio chamado pequenos prazeres, eles alegram seus dias e consomem seus dinheiros. São ratinhos em forma de hobby, paixões, gostos. Alguns são de graça outros vicerais. Alguns são amores a primeira vista, outros vão chegando se acomodando e já já estão abrindo a geladeira. Futebol é uma dessas coisas que impregna, endoidece e vicia muitas pessoas.

Ser brasileiro não inclui gostar de futebol, mas inclui ter orgulho disso, torcer. Esse meu DNA tupiniquim foi um dos afetados. Dicas para não se apaixonar: não tenha um time,

não vá a um estádio. Definitivamente estádio de futebol é um dos lugares mais surreais da face da terra. Não só porque tem a maior aglomeração de homem por m². Mas pelas figuraças, pelo barulho, pela emoção. Não tem como não gritar na hora do gol. Você sofre um curto, não sabe quem abraça, pra onde corre.

Confesso que comecei a gostar de futebol pela facilidade de integração. O assunto mais falado, os fãs mais famigerados. Mas depois de uma noite em um estádio lotado, descobri que sou louca por isso. A telinha da TV esconde a magia da torcida, a sabedoria dos milhares de técnicos que xingam,brigam e gritam,gritam,gritam!

E assim agrego a minha limitada conta bancária e ilimitada imaginação e dedicação mais um vício inútil sem os quais nada seria útil. Viva os livros, as comidas saborosas, as noites de luar, a aurora, o cheiro de chuva, os filmes épicos e o cappucino com chantilly!

É UMA PARTIDA DE FUTEBOL - SKANK